Há cura para o glaucoma?


O glaucoma pode ser definido como um grupo de doenças oculares que apresenta como característica final uma neuropatia óptica típica, o que pode determinar tanto um dano estrutural quanto funcional aos olhos afetados.

O glaucoma não tem cura, todavia pode ser controlado com tratamento adequado.

O que é glaucoma?

O glaucoma é uma doença ocular caracterizada por alteração do nervo óptico que leva a um dano irreversível das fibras nervosas e, consequentemente, perda de campo visual. Essa lesão pode ser causada por um aumento da pressão ocular ou uma alteração do fluxo sanguíneo na cabeça do nervo óptico.

O glaucoma é considerado como a principal causa de cegueira irreversível no mundo.

Pode-se dizer que se trata de uma doença silenciosa o que agrava ainda mais a seriedade do quadro.

Dessa forma, é preciso urgentemente, em casos de suspeita, um diagnóstico, principalmente, em grupos considerados de risco. São eles:

  • pessoas acima de 40 anos de idade,
  • raça negra,
  • portadores de miopia,
  • parentes de portadores de glaucoma.

Como é a visão de uma pessoa com glaucoma?

O glaucoma pode ser dividido em quatro tipos, sendo eles:

  • glaucoma de ângulo fechado (agudo),
  • glaucoma congênito,
  • glaucoma de ângulo aberto (agudo),
  • glaucoma de ângulo aberto (crônico).

A causa da doença pode ser ocasionada quando há o aumento da pressão dentro do olho – chamada também de pressão intraocular. Essa pressão ocorre em razão do aumento de um líquido chamado de humor aquoso, que é produzido na parte anterior do olho ou por uma deficiência de sua drenagem, por meio de seu canal.

Havendo o bloqueio da drenagem desse fluido do olho, ocorre o aumento da pressão ocular.  Geralmente, essa pressão elevada provoca danos no nervo óptico.

Especialistas afirmam que um dos principais sintomas da doença é a perda da visão periférica que depois vai se agravando.

No começo não se percebe a perda, por que elas são leves. De forma que elas só podem ser notadas pelo paciente mediante exames de sua visão periférica.

Geralmente o indivíduo não nota a perda de visão no inicio; até vivenciar ao o que a medicina chama de visão tubular, ou seja, apenas a visão central é percebida.

Vejamos:

  • Visão periférica: capacidade do individuo de enxergar pontos a sua frente e ao redor do seu campo visual, ou seja, é aquela que se forma fora da mácula, na periferia da retina. Esse tipo de visão não oferece detalhes. Assim o individuo percebe a presença dos objetos e movimentos, mas geralmente desfocado.
  • Visão tubular: trata-se de grave sintoma de glaucoma, em razão de somente a visão central ser percebida, de maneira que o indivíduo pode tropeçar e/ou esbarrar em pessoas e objetos, porque a percepção periférica é ausente, influenciando diretamente em suas ações do dia a dia.

Como identificar o glaucoma?

No início é difícil identificar, porque a doença não se manifesta, ou seja, é assintomática.

A perda visual, propriamente dita, só ocorre em estágios mais avançadas, comprometendo em primeiro lugar a visão periférica. Somente depois é o campo visual se estreita, paulatinamente, e se transformar em visão tubular.

E o mais importante: se não houver tratamento, fatalmente o paciente fica cego.

Mas é sempre bom dar atenção a alguns sinais  como pressão intraocular acima da média e a alterações no nervo ótico, que são perceptíveis no exame de fundo de olho.

Qual exame confirma glaucoma? Como é feito o exame?

Em razão da ausência de sintomas, é aconselhável que, no momento da consulta ao oftalmologista, em caso de suspeita, incluir outros exames.

Isso porque é por meio da medição da pressão ocular que se busca o diagnóstico.

Mas há ainda outros exames que são importantes:

  • Trata-se do exame de fundo do olho, no qual o médico faz a verificação não somente da retina, mas também do nervo óptico.
  • Campo visual computadorizado
  • Gonioscopia,
  • Paquimetria,
  • Retinografia Colorida
  • Curva diária da pressão intraocular
  • Tomografia de Coerência Óptica, (OCT)
  • Teste de sobrecarga hídrica

Tem cura para o glaucoma?

Embora a evolução da medicina não cesse, infelizmente, para o glaucoma não há cura, mas há controle, se o tratamento ocorrer já no primeiro estágio.

Para controle e eficácia do tratamento, é necessário que, assim que se faça o diagnóstico, incluir o uso de medicamentos, laser ou cirurgia ou mais de um procedimento associado.

Vale ressaltar que o tratamento e o controle previnem a perda irreversível da visão, mas eles não reverter os danos já causados pelo glaucoma.

De forma que, tão logo o médico identifique o diagnóstico,  o paciente já deve iniciar o tratamento.

Para o Consenso da Sociedade Brasileira de Glaucoma, o tratamento inicial para o glaucoma deve ser feito  com o uso de medicamentos, a fim de que a doença se estabilize e, consequentemente, não progrida. O que vai proporcionar a redução da pressão intraocular.

O que saber sobre a cirurgia de glaucoma?

Houve uma excelente evolução nos procedimentos cirúrgicos oftalmológicos e, entre eles estão os de cirurgia de glaucoma.

Hoje a medicina oftalmológica tem como recurso quatro tipos de cirurgia de glaucoma que, efetivamente, minimizam o problema.

O paciente, depois da avaliação médica detalhada poderá ser submetido ao método mais recomendável ao seu caso. São eles a trabeculoplastia, a trabeculectomia e o implante de tubos de drenagem,

Os riscos da cirurgia de glaucoma são pequenos, tornando a recuperação muito boa e rápida. É claro que pode haver sim pacientes que tenham complicações, mas são raros.

Todavia, o único risco que se pode mencionar é que, se não houver uma solução definitiva, ser indicada nova cirurgia.

É possível também que alguns resultados levem mais tempo para aparecer, às vezes, até meses, no entanto, a recuperação é rápida. Ela ocorre muitas vezes em dias.

Apesar de se tratar de uma cirurgia, não há necessidade de internação e, logo após o procedimento, o paciente já pode receber alta.

A recomendação, todavia, é em relação aos cuidados pós-cirúrgicos específicos para  não haver complicações.

Dentre as recomendações médicas estão:

  • repouso pós cirúrgico,
  • alimentação equilibrada,
  • não passar a mão na região do olho,
  • preferência por ficar em lugar com pouca luz,
  • seguir a receita, usando certinhos os medicamentos.

Vale ressaltar que a primeira intenção do tratamento do glaucoma é para manter a qualidade de vida do paciente.

Sabe-se que a qualidade de vida está intimamente ligada à preservação da função visual, assim como outros fatores, tais como: efeitos colaterais da medicação, número de instilações diárias e preocupação com a perda progressiva da visão.

Portanto, cuidar da saúde e estar atento aos mínimos sintomas é a conduta que toda pessoa deve ter.

Afinal, cresce a cada dia a expectativa de vida para todos os brasileiros.

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